Dinâmicas

  DINÂMICAS
Dinâmicas Quebra - Gelo
Quanto tempo eu tenho       
A construção coletiva do rosto 
Caça ao tesouro 
Dois círculos 
Descobrindo a quem pertence
Dinâmicas Identidade e valores
Eu sou alguém
Colcha de retalhos
Poesia, musica e crônica 
Minha bandeira pessoal
Marcas do que eu sou 
Eu tenho uma história pessoal
Fazendo um projeto
Como a juventude se sente
Escala de valores

Dinâmicas Integração e comunicação
Nome e qualidade  
Nem o meu, nem o seu. O nosso!
Constelação de amigos
Foto linguagem
Conhecimento mutuo
Desenho de giz
Jogo das mãos
Ilhas em alto mar
Floresta dos sons
Atividades para jovens descobrirem o que sentem
Em cada lugar uma idéia
A construção coletiva dos rosto

Dinâmicas formação para cidadania

Meu presente meu futuro
Gincana cooperativa em defesa do meio ambiente
Dentro e fora do coração
Caminhos profissionais
Oportunidades desiguais
Júri simulado
Líder ou liderança? A Candidatura
Processos de trabalho
Os jovens frente aos desafios do mundo do trabalho
Invertendo os papeis
Problemas e soluções
Assunto: Dinâmicas Quebra - Gelo (descontração)
Quanto tempo eu tenho


Objetivo: Provocar a saída de si mesmo (desinibição) e conhecimento do outro.

Material: Som com música alegre, caixa de fósforos, um cartaz ou fichas - nomes, de onde é, de que mais gosta, uma alegria, uma tristeza etc. (Pode-se criar outras conforme o objetivo proposto).

Desenvolvimento:

1. Todos, em círculo, o facilitador distribui um palito de fósforo, não usado. As fichas devem estar em lugar visível (pode ser no centro do círculo).

2. Pedir a um participante que risque o fósforo. Enquanto o fósforo estiver aceso, vai se apresentando, falando de si.

3. Cuidar para que ele fale só o tempo em que o fósforo estiver aceso. Caso alguém não consiga, o facilitador, poderá usá-lo para que os outros façam perguntas (pessoais) como numa entrevista.

4. Outra variante é fazer com que os participantes conversem em dupla e depois utilizem o fósforo para falar o que conhece do companheiro.

5. Usar a dinâmica para perguntar: que significa amizade ou ainda, para revisar qualquer disciplina.

Discussão: Conseguimos expressar os pontos mais importantes na nossa apresentação? Como me senti? É fácil falar de nós mesmos? O que significa um fósforo aceso? (marcando tempo) O que significa o fogo? (iluminando).

Resultado esperado: Ter feito uma reflexão sobre o tempo que estamos na terra e o que podemos ser para os outros. A maneira como eu utilizo o fósforo é a nossa própria vida. Analisar todas as situações que aparecem durante a dinâmica.

Fonte: Ronildo Rocha, Catolé do Rocha, PB:


Assunto: Dinâmicas Quebra - Gelo (descontração)
A construção coletiva do rosto

Objetivos: Fazer com que os membros do grupo sintam-se à vontade uns com os outros.

Aplicação:

a) Orientar os participantes para sentarem em círculo;
b) O assessor distribui para cada participante uma folha de papel sulfite e um giz de cera;
c) Em seguida orienta para desenhar o seguinte:
- uma sombrancelha somente;
- passar a folha de papel para as pessoas da direita e pegar a folha da esquerda;
- passar novamente;
- desenhar um olho;
- passar novamente;
- desenhar o outro olho;
- passar a direita e... completar todo o rosto com cada pessoa colocando uma parte (boca, nariz, queixo, orelhas, cabelos).
d) Quando terminar o rosto pedir à pessoa para contemplar o desenho;
e) Orientar para dar personalidade ao desenho final colocando nele seus traços pessoais;
f) Pedir ao grupo para dizer que sentimentos vieram em mente.

Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola. Editora Mercado de Letras.

Assunto: Dinâmicas Quebra - Gelo (descontração)
Caça ao tesouro


Objetivo: ajudar as pessoas a memorizarem os nomes umas das outras, desinibir, facilitar a identificação entre pessoas parecidas.

Para quantas pessoas: cerca de 20 pessoas. Se for um grupo maior, é interessante aumentar o número de questões propostas.

Material necessário: uma folha com o questionário e um lápis ou caneta para cada um.

Descrição da dinâmica: o coordenador explica aos participantes que agora se inicia um momento em que todos terão a grande chance de se conhecerem.

A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se encaixe em cada item e pedir a ela que assine o nome na lacuna.

1. Alguém com a mesma cor de olhos que os seus;
2. Alguém que viva numa casa sem fumantes;
3. Alguém que já tenha morado em outra cidade;
4. Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras;
5. Alguém que use óculos;
6. Alguém que esteja com uma camiseta da mesma cor que a sua;
7. Alguém que goste de verde-abacate;
8. Alguém que tenha a mesma idade que você;
9. Alguém que esteja de meias azuis;
10. Alguém que tenha um animal de estimação (qual?).

Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformular estas, dependendo do tipo e do tamanho do grupo.


Obs.: A dinâmica foi tirada do subsídio “Dinâmicas em Fichas” - Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) - São Paulo.

Assunto: Dinâmicas Quebra - Gelo (descontração)
Dois círculos

Objetivo: motivar um conhecimento inicial, para que as pessoas aprendam ao menos o nome umas das outras antes de se iniciar uma atividade em comum.

Para quantas pessoas: é importante que seja um número par de pessoas. Se não for o caso, o coordenador da dinâmica pode requisitar um “auxiliar”.

Material necessário: uma música animada, tocada ao violão ou com gravador.

Descrição da dinâmica: formam-se dois círculos, um dentro do outro, ambos com o mesmo número de pessoas. Quando começar a tocar a música, cada círculo gira para um lado. Quando a música pára de tocar, as pessoas devem se apresentar para quem parar à sua frente, dizendo o nome e alguma outra informação que o coordenador da dinâmica achar interessante para o momento.

Repete-se até que todos tenham se apresentado. A certa altura pode-se, também, misturar as pessoas dos dois círculos para que mais pessoas possam se conhecer.


Fonte: A dinâmica foi retirada do livro “Aprendendo a ser e a conviver” - de Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro, Editora "FTD", 1999.

Assunto: Dinâmicas Quebra - Gelo (descontração)
Descobrindo a quem pertence


Desenvolvimento:

1. O facilitador divide o grupo em duas metades.

2. Uma metade do grupo dá ao facilitador um objeto de uso pessoal. O facilitador mistura os objetos e os distribui pela outra metade, que sai à procura de seus donos. Não é permitido falar.

3. Ao encontrar o dono do objeto recebido, forma-se par com ele.

Obs.: Esta atividade objetiva, também, estabelecer as relações no grupo. É divertida e usa a curiosidade do grupo como detonadora de uma busca. Pode ser feita no início de um grupo e repetida sempre que se deseja um clima mais descontraído.


Fonte: A dinâmica foi retirada do livro “Aprendendo a ser e a conviver” - de Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro, Editora "FTD", 1999.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Eu sou alguém


Objetivo: Perceber os valores pessoais; perceber-se como ser único e diferente dos demais.

Material necessário: Folhas de papel e lápis.

Descrição da dinâmica:

1. Em círculo, sentados;
2. Distribuir uma folha para cada um, pedindo que liste no mínimo dez características próprias. Dar tempo;
3. Solicitar que virem a folha, dividam-na ao meio e classifiquem as características listadas, colocando de um lado as que facilitam sua vida e do outro as que dificultam. Dar tempo;
4. Em subgrupos, partilhar as próprias conclusões;
5. Em plenário: - Qual o lado que pesou mais? - O que descobriu sobre você mesmo, realizando a atividade.

Material necessário:

1. A consciência de si mesmo constitui-se no ponto inicial para cada um se conscientizar do que lhe é próprio e das suas características. Com este trabalho é possível ajudar aos participantes a se perceberem, permitindo-lhes a reflexão e a expressão dos sentimentos referentes a si próprios;

2. Deve ser utilizada em grupos menores, cerca de 20 participantes.


Fonte: “Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças” - Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo, editora DPeA.

Artigo publicado na edição 340, setembro de 2003, página 16.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Colcha de Retalhos


Atividade:

     Quantas vezes sentamos ao lado de nossos avós ou mesmo de nossos pais para escutar aquelas longas histórias que compuseram a vida e a trajetória da nossa família e, portanto, a trajetória da nossa vida? Quantas vezes paramos para pensar na importância do nosso passado, nas origens de nossa família, e mais, de nossa comunidade? Indo um pouco mais longe, quantas vezes paramos para pensar de que forma a cultura da nossa cidade e de nosso país influencia o nosso modo de ver as coisas?

     Pois é. Nós somos aquilo que vivemos. Somos um pouquinho da via de nossos pais e avós, somos também um pouquinho da vida de nossos pais e avós, da nossa, do nosso bairro, das pessoas que estão à nossa volta, seja na cidade ou no país onde vivemos.

     Isso é o que se chama identidade cultural. E esta é uma atividade que ajuda a buscar essa identidade - o que significa buscar a nossa própria história, conhecemos a nós mesmos e a tudo que nos rodeia. Buscar a identidade cultural é “entender para respeitar” nossos sentimentos e os daqueles com quem compartilhamos a vida.

Material:
* Tecido - lona, algodão, morim cortados em tamanho e formatos variados
* Tinta de tecido ou tinta guache (é bom lembrar que o chache se dissolve em água
* Linha e agulha ou cola de tecido.

Passos - Como se faz:

1ª Etapa - História de Vida

Peça a todos os participantes para relembrarem um pouco de suas histórias pessoais e das histórias de suas famílias, pensando em suas origens, sentimentos e momentos marcantes, em sonhos, enfim, em tudo aquilo que cada pessoa considera representativo de sua vida. Depois disso, peça para escolherem pedaços de tecidos para pintar símbolos, cores ou imagens relacionadas às suas lembranças. Esse é um momento individual, que deve levar o tempo necessário para que cada um se sinta à vontade ao expressar o máximo de sua história de vida. Quando todos terminarem, proponha a composição da primeira parte da Colha de Retalhos, que pode ser feita costurando ou colando os trabalhos de cada um, sem ordem definida.

2ª Etapa - História da Comunidade

Esta etapa exige muito diálogo entre os participantes, que devem construir a história da comunidade onde vivem. Uma boa dica é pesquisar junto aos mais velhos
O grupo escolhe alguns fatos, acontecimentos e características da comunidade para representá-los também em pedaços de tecido pintados. Pode-se reunir as pessoas em pequenos grupos para a criação coletiva do trabalho. Todas as pinturas, depois de terminadas, deverão ser costuradas ou coladas compondo um barrado lateral na colcha.

3ª etapa - História da cidade, do país, da Terra

A partir daqui, a idéia é dar contiuidade à colcha de retalhos, criando novos barrados, de forma a complementá-la com a história de vida da cidade, do país, do mundo e até a do universo. Não há limites nem restrições. O objetivo principal é estimular nos participantes a vontade de conhecer e registrar a vida, em suas diferentes formas e momentos. Desse modo, poderão se sentir parte da grande teia da vida.
Fonte: “Paz, como se faz? Semeando cultura de paz nas escolas”, Lia Diskin e Laura G. Roizman.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Poesia, música, crônica

Finalidade: Consiste em ouvir uma poesia e/ou música para ajudar na introdução de um assunto ou de uma vivência subjetiva.

Material: Letra (cópia xerográfica ou mimeografada) de uma poesia ou canção.

Descrição da dinâmica:

1. Escolher uma poesia ou canção sobre o tema a ser trabalhado.
2. Dividir os participantes em grupos.
3. Cada um lê em voz baixa, murmurando.
4. Escolher a palavra que mais marcou, em cada estrofe.
5. Gritar essas palavras juntas, bem alto. Depois bem baixo, até se calar.
6. Andando, procurar sua “palavra-sentimento” com outra pessoa do grupo.
7. Explique, sinta, expresse, toque.
8. No seu grupo, responda o que você faria com esse sentimento-palavra trocada.
9. O grupo deve montar uma história com os sentimentos trocados e com a poesia recebida.
10. Cada grupo apresenta no grupão sua história de maneira bem criativa.
11. Buscar o que há de comum em todas as histórias.

Comentários:

1. Este trabalho leva à reflexão de um tema/assunto, abrindo um espaço para que as pessoas falem de um assunto sob diferentes olhares.

2. Contribui para o desenvolvimento da expressão verbal e do trabalho coletivo.


Fonte: “Augusto Boal, publicado no livro “Dinâmica de grupos na formação de lideranças” de Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo, Ed. DP e A, 1998.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Minha bandeira pessoal


     Esta dinâmica toca num assunto vital para os jovens. Pode ser trabalhada na escola ou nos grupos, podendo ser adaptada à realidade específica.

Objetivo: Possibilitar aos participantes a identificação das suas habilidades e limitações.

Material necessário: Fichas de trabalho, lápis preto, lápis de cor, borrachas.

Descrição da dinâmica:

1. Grupo espalhado pela sala. Sentados. Dar a cada participante uma ficha de trabalho. Distribuir o material de desenho pela sala;

2. Explicar ao grupo que a bandeira geralmente representa um país e significa algo da história desse país. Nesta atividade cada um vai construir sua própria bandeira a partir de seis perguntas feitas pelo coordenador;

3. Pedir que respondam a cada pergunta por intermédio de um desenho ou de um símbolo na área adequada. Os que não quiserem desenhar poderão escrever uma frase ou algumas palavras, mas o coordenador deve procurar incentivar a expressão pelo desenho;

4. O coordenador faz as seguintes perguntas, indicando a área onde devem ser respondidas:

- Qual o seu maior sucesso individual?
- O que gostaria de mudar em você?
- Qual a pessoa que você mais admira?
- Em que atividade você se considera muito bom?
- O que mais valoriza na vida?
- Quais as dificuldades ou facilidades para se trabalhar em grupo?

Dar cerca de vinte minutos para que a bandeira seja confeccionada;

5. Quando todos tiverem terminado, dividir o grupo em subgrupos e pedir que compartilhem suas bandeiras.

6. Abrir o plenário para comentar o que mais chamou a atenção de cada um em sua própria bandeira e na dos companheiros. Contar o que descobriu sobre si mesmo e sobre o grupo.

7. No fechamento do encontro, cada participante diz como se sente após ter compartilhado com o grupo sua história pessoal.


Comentários:

1. Tomar consciência das suas habilidades e limitações propicia um conhecimento mais aprofundado sobre si mesmo, suas habilidades, facilitando as escolhas que precisa fazer na vida;

2. Feita dessa forma, a reflexão torna-se prazerosa, evitando resistências. É um trabalho leve e ao mesmo tempo profundo. Permite que o grupo possa entrar em reflexões como a escolha profissional.

Fonte: Adolescência - Época de Planejar a Vida (AEPV), publicada no livro “Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças”, Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo, editora DPeA, Belo Horizonte, MG.
Artigo publicado na edição 309, agosto de 2000, página 17.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Escudo

Objetivo: ajudar as pessoas a expor planos, sonhos, jeitos de ser, deixando-se conhecer melhor pelo grupo.
Para quantas pessoas: cerca de 20 pessoas.
Material necessário: uma folha com o desenho do escudo para cada um, lápis colorido ou giz de cera suficientes para que as pessoas possam fazer os desenhos. O desenho do escudo deve ser conforme a figura.
Descrição da dinâmica: o coordenador da dinâmica faz uma motivação inicial (durante cerca de cinco minutos) falando sobre a riqueza da linguagem dos símbolos e dos signos na comunicação da experiência humana. “Vamos procurar coisas importantes de nossa vida através de imagens e não apenas de coisas faladas”. Cada um vai falar de sua vida, dividindo-se em quatro etapas:
Caixa de texto:
A. Do nascimento aos seis anos;
B. Dos seis aos 14 anos anos;
C. O Presente;
D. O Futuro.


     Encaminha a reflexão pessoal, utilizando o desenho do escudo, entregue para cada um. Na parte superior do escudo cada um escreve o seu lema, ou seja, uma frase ou palavra que expressem seu ideal de vida.

     Depois, em cada uma das quatro partes do escudo, vai colocar um desenho que expresse uma vivência importante de cada uma das etapas acima mencionadas.

     Em grupo de cinco pessoas serão colocadas em comum as reflexões e os desenhos feitos individualmente. No fim, conversa-se sobre as dificuldades encontradas para se comunicarem dessa forma.

Obs.: a dinâmica foi tirada do subsídio “Dinâmicas em Fichas” - Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) - São Paulo. Site na internet: http://www.ccj.org.br/


Equipe do IPJ (Instituto de Pastoral de Juventude),
Porto Alegre, RS.Artigo publicado na edição 271, julho de 1996, página 5. - Site: http://www.ipjdepoa.org.br

Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Marcas do que eu sou

a) Pedir para o grupo fazer uma caminhada pela sala e ir imaginando como é a vida em uma floresta. Como funciona a floresta. Que tipos de vida identificamos na floresta.

b) Pedir para cada um imaginar como são os animais que vivem na floresta.

c) Motivar para que cada um(a) vá se concentrando em apenas um animal. Imaginando suas características, a forma como ele vive na floresta, como reage ao ataque do predador etc.

d) Pedir para que cada um pare por um instante vá incorporando o jeito do animal que escolheu, procurando ser fiel na sua forma de caracterizá-lo.

e) O(a) assessor(a) deixou os participantes vivenciarem por um instante os animais escolhidos. Em seguida diz que em toda floresta tem um predador, um caçador que ataca ou persegue um determinado animal. Dizer para cada um assumir seu papel.

f) O(a) assessor(a) motiva para a simulação ainda de outras situações que acontecem na floresta, como por exemplo: uma forte tempestade, uma grande seca, uma longa noite, estimulando aos participantes para vivenciarem estas realidades.

g) Feito isso o assessor pede a cada participante para escreverem em seu caderno os seguintes passos:

h) Descrever qual é a personalidade do animal escolhido que ele pessoalmente escolheu e encarnou; destacando as reações, comportamento (o que é bom e o que não é tão bom);

i) Pedir para fazerem uma comparação, tentando perceber as semelhanças da personalidade do animal e com a sua personalidade.

j) Encontra-se por grupos para partilharem as descobertas feitas.

k) No plenário final o(a) assessor(a) amplia a reflexão sobre a personalidade humana pontuando as diferenças, a interação nas relações e outros aspectos.


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Eu tenho uma história pessoal


Objetivo: fazer uma retomada da minha vida pessoal percebendo as marcas, os acontecimentos que foram significativos e que provocaram mudanças na forma de ver o mundo.

a) Explicar que precisam estar à vontade, sem nenhum objetivo ou roupa que incomode os movimentos;

b) Pedir para que todos encontrem a forma mais confortável e fazer um relaxamento com o grupo:

Passos:
- Criar um ambiente com música suave, com pouca luz.
- Orientar o grupo para se deitarem de costas no chão e ficarem com os braços rentes ao corpo
- Respirar, tranqüilizar-se, relaxar todas as partes do corpo. Não deixar nenhuma parte tensa, entrar em comunhão com o corpo.

c) Levar o grupo a fazer uma retomada da vida da infância até a idade atual. Em cada fase identificar as experiências mais significativas, tanto alegres quanto tristes:

- A assessoria orienta o grupo para que façam um retorno ao útero materno, sentir o calor, a tranqüilidade que há no espaço uterino;]
- Recordar a vinda ao mundo, o nascimento, os primeiros passos, as primeiras palavras, o lugar onde nasceu, as pessoas e os pais, 0 aos 5 anos, de 5 aos 10 anos? De 10 aos quinze anos, dos quinze aos vinte anos, de vinte à idade atual quais as lembranças da história pessoal.

d) No grupo cada pessoa constrói individualmente um símbolo que a ajude a representar sua história.

e) Em grupos de convivência - propor que o grupo faça um contrato de respeito pelo que o outro vai partilhar;

f) No grupo cada participante partilha o símbolo, as marcas da história, os sentimentos;

g) Em plenário o assessor pergunta:

- O que aprenderam com esse exercício? Tanto das dificuldades como dos acertos? Motivar as pessoas para partilharem o que descobrirão

- Concluir falando sobre o desafio de todos buscarem as suas origens, para melhor se conhecerem, se aceitarem e estarem integrados(as) uns com os(as) outros(as).


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Fazendo um projeto

“Qualquer atividade de nossa vida pessoal, profissional, religiosa e política, para ser consciente precisa ser preparada, planejada e pensada.”

“Quem pensa sobre o que faz, faz melhor.”

“Quem não sabe para onde vai, não chega. Quem não sabe onde está, não acha caminho.”

O que fazer?
Para resolver um problema geralmente são necessárias várias ações, atitudes, gestos, reuniões, estudos etc. O importante é buscar uma solução criativa.

Como fazer?
Não basta apontar o que fazer, é necessário levantar também como será feito.

Quando?
Já apontamos respostas para solucionar o problema, trata-se agora de ver a melhor época para realizar a mesma. Um estudo, por exemplo, pode durar um dia todo, uma tarde, podendo também acontecer durante uma ou mais semanas.

Com quem?
É momento agora de pensar quem será envolvido: os participantes que vão receber a proposta, quem serão os responsáveis de executar, com quem fazer parceria e a divisão de tarefas.

Onde será feito?
É hora de prever. Isso ajuda a não acumular atividades para o mesmo local, ajuda ainda a diversificar e descobrir novos espaços.

Para quê?
Colocar no papel o resultado que esperamos, ajuda a olhar para o problema e dizer o que queremos solucionar/resolver.

Recursos necessários:
Possibilita perceber o que é necessário para realizar com sucesso o que foi proposto: verba, material, equipamentos...


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.
Site:


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Como a juventude se sente

ALOHA

Letra: Legião Urbana
Música: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá

Será que ninguém vê
O caos em que vivemos?
Os jovens são tão jovens
E fica tudo por isso mesmo.

A juventude é rica, a juventude é pobre
A juventude sofre e ninguém parece perceber.

Eu tenho um coração
Eu tenho ideais
Eu gosto de cinema
E de coisas naturais
E penso sempre em sexo, oh yeah!

Todo adulto tem inveja dos mais jovens

A juventude está sozinha
Não há ninguém para ajudar
A explicar por que é que o mundo
É este desastre que aí está

Eu não sei, eu não sei

Dizem que eu sei nada
Dizem que eu não tenho opinião
Me compram, me vendem, me estragam

E é tudo mentira, me deixam na mão
Não me deixam fazer nada
E a culpa é sempre minha, oh yeah!

E meus amigos parecem ter medo
De quem fala o que sentiu
De quem pensa diferente
Nos querem todos iguais
Assim é bem mais fácil nos controlar

E mentir, mentir, mentir
E matar, matar, matar
O que eu tenho de melhor: minha esperança

Que se faça o sacrifício
E cresçam logo as crianças.


Artigo publicado no Jornal "O Lutador", de 21 a 31/04/2004, JUCA - Juventude Caminho Aberto.


Assunto: Dinâmicas Identidade e Valores
Escala de valores


     Esta dinâmica toca num assunto vital para os jovens. Pode ser trabalhada na escola ou nos grupos, podendo ser adaptada à realidade específica.


Objetivo: Colocar o adolescente em contato com seus próprios valores, levando-o a refletir sobre o que ele considera mais importante em sua vida.

Tempo de duração: Aproximadamente 60 minutos.

Material necessário: Papelógrafo ou quadro-negro; caneta hidrográfica ou giz; papel-ofício, canetas ou lápis.

Descrição da dinâmica:

1. Escrever no papelógrafo ou no quadro-negro, com letras grandes (de maneira que todos possam ler) algumas frases que expressem uma atitude diante da vida ou um valor.

Ex.:
- Para ir a uma festa, Carlos não hesitou em gastar as economias que tinha para comprar uma calça nova. (valor subtendido - a importância do Ter)

- Stefane ofereceu-se para cuidar da irmã caçula para sua mãe ir ao supermercado, mesmo tendo que adiar o encontro com o namorado. (valor subtendido - solidariedade, o que é mais importante para todos).

Podem ser frases mais diretas e objetivas. Com valores explícitos e não subentendidos.

Estabeleça o que é mais importante:

- Ir a uma festa
- Sair com o(a) namorado(a)
- Cuidar da irmã caçula (ou irmão)
- Almoçar em família
- Ir visitar parentes
- Sair com amigos
- Estudar para uma prova
- Ter o CD mais recente do grupo do momento
- Ir ao ponto de encontro dos amigo.
- Fazer o trabalho de escola

2. Distribua as folhas de papel-ofício entre os participantes e peça que eles a dobrem ao meio, de maneira que eles terão um lado direito e outro esquerdo.

3. Peça que leiam com atenção as frases escritas pelo facilitador.

4. Em seguida, que escrevam do lado direito da folha, em ordem de importância as atitudes que fazem parte da sua maneira de agir no cotidiano.

5. Assim o participante deverá colocar em primeiro lugar o que para ele é o valor mais importante de todos e assim sucessivamente, até que tenha escolhido pelo menos cinco valores.

6. Após todos terem terminado, o facilitador pede que, do lado esquerdo da folha, o participante escreva: quando eu era criança, para mim as coisas mais importantes eram...

7. Depois peça que ele leia as frases comparando, estabelecendo a diferença entre a escala de valores que tem hoje e a que tinha quando era criança.
8. Em seguida o facilitador pede aos participantes que discutam com seus colegas mais próximos sua lista de valores atuais (lado direito da folha).

9. Todos os participantes devem discutir, em pequenos grupos, sua ordenação de valores, estabelecendo a comparação com a dos colegas.

10. Depois, todos devem voltar para o grupão onde o facilitador coordenará a discussão definindo:

- A escala de valores do grupo (através da verificação de quais valores aparecem mais em primeiro lugar, em segundo etc.).
- A escala de valores de quando eram crianças.
- A diferença entre uma escala e outra.
- Que tipo de sociedade e vida em grupos os valores apresentados tendem a construir.

Comentários:

1. É uma oportunidade para os adolescentes se perceberem enquanto uma pessoa em mudança, com questionamentos sobre os valores que tinham em sua infância, uma vez que, geralmente, os valores da infância refletem o comportamento que os pais esperavam deles;

2. É possível que se encontre uma verdadeira inversão de valores entre a infância e o momento atual;

3. É importante que nestes casos o facilitador, sem criticar, aponte a necessidade que o adolescente tem de contestação, sua busca permanente de auto-afirmação e diferenciação da família ou dos pais;

4. É importante que seja aplicada em um grupo que já tenha alguma convivência entre si e com o facilitador;

5. O facilitador tem que ter segurança da sua capacidade de interferência no grupo caso haja uma tendência de conflito entre os participantes (se sentirem pessoas vazias, superficiais etc., por causa dos valores que descobrem ter).

Fonte: “O livro das Oficinas”, de Paulo H. Longo e Elizabeth Félix da Silva.


Susan Chiode Perpétuo e Ana Maria Gonçalves, autoras do livro “Dinâmica de Grupos na Formação de Lideranças”, editora DPeA.
Artigo publicado na edição 306, maio de 2000, página 5.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Nome e Qualidade


Objetivo: Aprender o nome dos participantes do grupo de forma lúdica; facilitar a integração entre os adolescentes.

Descrição da dinâmica:

1. Grupo em círculo, sentado.

2. O facilitador inicia dizendo alto seu nome, seguido de uma qualidade que julga possuir.

3. Cada participante, na seqüência a partir do facilitador, repete os nomes e qualidades ditos anteriormente, na ordem, acrescentando ao final seu próprio nome e qualidade.

Comentários:

     O desafio desta dinâmica é aprender de forma lúcida como chamar os participantes do grupo, repetindo na seqüência todos os nomes e qualidades ditos anteriormente no círculo, antes de dizer o seu próprio nome.
     Havendo dificuldade na memorização da seqüência, o facilitador e/ou o grupo auxiliam a quem estiver falando, pois o importante nesta dinâmica é que, ao finalizá-la, todos tenham aprendido o nome dos companheiros.
     Nesta atividade, trabalha-se também a identidade - Como me chamam? Quem sou eu? - podendo surgir apelidos carinhosos ou depreciativos. É importante que o facilitador esteja atento no sentido de perceber e explorar o sentimento subjacente ao modo como cada indivíduo se apresenta.
     É uma dinâmica que pode ser usada no início do trabalho, quando o grupo ainda não se conhece ou após um tempo de convivência, enfatizando as qualidades pessoais e/ou englobando outras questões, como: algo de que se goste muito, o nome de um amigo, divertimento preferido etc.

Fonte: Projeto Memorial Pirajá.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Nem o meu, nem o seu, o nosso

Objetivo: Propiciar um clima de descontração e integração entre os participantes do grupo.

Material necessário: Gravador, fita cassete ou CD.

Descrição da dinâmica:

1. Grupo espalhado pela sala, de pé.

2. Pedir que todos se movimentem pela sala de acordo com a música, explorando os movimentos do corpo. Pôr música com ritmo cadenciado. Tempo.

3. Parar a música. Solicitar que formem dupla com a pessoa mais próxima e que, de braços dados, continuem a se movimentar no mesmo ritmo, procurando um passo comum, quando a música recomeçar.

4. Após um tempo, formar quartetos, e assim sucessivamente, até que todo o grupo esteja se movimentando junto, no mesmo passo.

5. Pedir que se espalhem novamente pela sala, parando num lugar e fechando os olhos.

6. Solicitar que respirem lentamente, até que se acalmem.

7. Abrir os olhos, sentar em círculo.

8. Plenário - refletir sobre os seguintes pontos:

- O que pôde perceber com esta atividade?
- Que dificuldades encontrou na realização da dinâmica?
- Como está se sentindo?\

Comentários:

     Este é um trabalho leve e de muita alegria. O grupo se movimenta de forma descontraída, o que cria um clima propício para se trabalhar a integração entre os componentes. Pode ser enriquecido e acrescido de novas solicitações.

     A atividade propicia, também, uma reflexão sobre a identidade do grupo, as diferenças de ritmo entre os participantes, a facilidade ou a dificuldade com que alcançam a harmonia, chegando a um passo comum.

     O facilitador pode explorar a atividade, criando movimentos e formas que desafiem o ritmo grupal.


Fonte: Projeto Memorial Pirajá.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Constelação de amigos


Objetivo: Conhecer mais nossas relações com as pessoas e perceber qual a influência delas sobre nossa vida.

Material necessário: Papel em branco e caneta para todos os participantes.


Descrição da dinâmica:

1. Todos recebem uma folha em branco e marcam um ponto bem no centro dela. Este ponto representa o desenhista.

2. Desenhar diversos pontos nas extremidades da folha, significando cada pessoa com que você tenha relação, seja boa ou má; pessoas que você influencia ou que influenciam você (pode-se escrever junto o nome ou as iniciais).

3. Traçar flechas do ponto central, você, para os pontos periféricos, as pessoas que estão em sua volta, segundo o código que segue:

a) —> Flecha com a ponta para fora: pessoas que influencio ou que aprecio.
b) <— Flecha com a ponta para dentro: pessoas que me influenciam, ou que gostam de mim.
c) <—> Flecha em duplo sentido: a relação com esta pessoa é mutuamente respondida.
d) <- -> Flecha interrompida: relação cortada.
e) <-/-> Flecha interrompida por uma barra: relação através de intermediários.
f) <-#-> Flecha interrompida por muro: relação com um bloqueio que impede o seu pleno êxito.

4. Em grupos de três ou quatro pessoas, partilhar sobre o que tentou expressar com o seu desenho. Responder:

a) Ficou fora do meu desenho algum parente mais próximo?
b) As relações que me influciam estão me ajudando?
c) As relações que possuem barreiras ou que estão interrompidas podem ser restauradas? Seria importante?
d) Nosso grupo está nestes desenhos?

5. Fazer um grande painel afixando os desenhos e abrindo para que todos possam comentar.

6. Avaliar se a dinâmica acrescentou algo de bem em minha vida e na vida do grupo. Descobri algo?


Fonte: “Jornal “Presença Jovem”, julho/1999, edição nº 61 - Informativo da Pastoral da Juventude, encartado no Jornal “Presença Diocesana” de Passo Fundo, RS.
Artigo publicado na edição 340, julho de 2000, página 5


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Fotolinguagem


Objetivo: Olhando para as fotos sobre a realidade que se vive, aprender a ligar dois ou mais fatos e ter uma opinião sobre eles.

Número de participantes: Se houver mais de oito pessoas, deve-se subdividir em grupos de cinco.

Material necessário: Fotos de jornais e revistas espalhadas por toda a sala.

Descrição da dinâmica:

     Os participantes passeiam pela sala, olhando as fotos e escolhem duas fotos que tenham ligação entre si.
     Depois, durante 7 minutos, pensam nas seguintes questões:

a) Que realidade me revelam?
b) Qual a ligação entre elas?
c) Por que me identifiquei com elas?

     Cada um apresenta as fotos e as conclusões às quais chegou. O restante do grupo pode questionar a ligação dos fatos entre si e fazer uma ou duas perguntas para clarear melhor as afirmações.


Agenda da Juventude, CCJ (Centro de Capacitação da Juventude), São Paulo, 2000. Site na internet:

Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Conhecimento mútuo


Objetivo: Oportunizar um maior conhecimento de si mesmo e facilitar melhor relacionamento e integração interpessoal.

Tempo de duração: Aproximadamente 60 minutos.

Material necessário: Lápis e uma folha de papel em branco para todos os participantes.

Ambiente físico: Uma sala, com cadeiras e mesas, suficientemente ampla, para acomodar todos os participantes.


Descrição da dinâmica:

1. O facilitador explicita o objetivo e a dinâmica do exercício.

2. Em continuação, pede que cada um escreva, na folha em branco, alguns dados de sua vida, fazendo isso anonimamente e com letra de fôrma, levando para isso seis a sete minutos.

3. A seguir, o facilitador recolhe as folhas, redistribuindo-as, cabendo a cada qual ler em voz alta a folha que recebeu, uma por uma.

4. Caberá ao grupo descobrir de quem é, ou a quem se refere o conteúdo que acaba de ser lido, justificando a indicação da pessoa.

5. Após um espaço de discussão sobre alguns aspectos da autobiografia de cada um, seguem-se os comentários e a avaliação do exercício.

Fonte: “Relações Humanas Interpessoais, nas convivências grupais e comunitárias”, de Silvino José Fritzen, Editora Vozes: 0 (xx)(24) 2233-9000.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Desenho de Giz


Objetivo: Avaliar a caminhada do grupo ou o andamento de uma reunião através de manifestações simbólicas dos participantes.

Para quantas pessoas: Funciona muito bem para grupos de tamanho médio, até trinta pessoas.

Material necessário: Lousa e giz colorido ou papelógrafo (bem grande) e lápis de cor, giz de cera ou outro material, com várias opções de cor.

Descrição da dinâmica:

O coordenador orienta os participantes a irem até a lousa (ou papelógrafo) para desenharem algumas coisas que indiquem como estavam quando começou o curso (ou o grupo, no caso de se avaliar a caminhada do grupo) e outro desenho que indique como estão agora, passado algum tempo desde o início do processo.

Quando todos tiverem feito os seus desenhos, o coordenador convida quatro pessoas para falarem da mudança que percebem em si mesmos e outros quatro para falarem um pouco do que estão vendo no quadro.

É importante o coordenador ficar atento e “puxar” a avaliação para o que realmente se quer avaliar.


Fonte: CCJ - "Centro de Capacitação da Juventude”.

Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Jogo das mãos


Finalidade: Refletir sobre a importância da participação na resolução de problemas.

Para quantas pessoas: de seis até 25 participantes (grupos muito grandes deverão ser subdivididos)

Descrição da dinâmica:

Os participantes deverão ficar de pé, dando-se as mãos, como para uma brincadeira de roda.

O moderador explica que o grupo terá como objetivo “virar toda a roda ao contrário”, ou seja, todos deverão ficar de costas para o centro do círculo com os braços esticados (não vale ficar com os braços cruzados sobre o peito).

O jogo tem regras: os participantes não poderão soltar as mãos, nem falar, até conseguirem alcançar a posição.

O monitor dá início ao jogo, reforçando que o grupo deverá buscar uma maneira (estratégia) de atingir o objetivo, respeitando as regras estabelecidas.

A solução para este “problema”, que no início não parece ter solução, é simples: um dos participantes deverá erguer o braço do colega formando um arco ao alto pelo qual todos, ligeiramente agachados, passarão.


Gilma Maria de Souza Neubaner, Ipatinga, MG.
Por Carta.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Ilhas em Alto Mar


Distribuir jornais pela sala (5 folhas) pedir para que os participantes caminhem sentindo o chão, o peso do corpo, observar as pessoas que se cruzam.

Imaginar que o grupo estava em um cruzeiro, aconteceu um acidente e o navio naufragou, as pessoas vão movimentando os braços como se tivessem nadando, colocar para o grupo que as águas são perigosas cheias de tubarões e os jornais são pequenas ilhas. Quando o instrutor gritar “Tubarão” todos sobem nas ilhas, os tubarões vão embora as pessoas voltam a nadar.

Repetir umas quatro vezes, e cada vez que repetir diminuir os jornais.
Em uma palavra cada pessoa dizer o que sentiu.

Fotografia
O instrutor divide a turma em grupos de no máximo dez pessoas, e dá um tema para cada grupo, desde que os outros não saibam (ex.: prostituição, violência, fome, alegria, namoro etc.). O grupo irá montar uma cena onde todos permanecem congelados. O instrutor orienta o grupo para que fiquem postos no lugar, bate palma e o grupo congela. Os demais grupos tentam descobrir a mensagem - ou tema. Fazer um debate sobre o que aprendemos com esta dinâmica.

Rótulos

O instrutor cola uma etiqueta em cada participante, sem que o participante veja o que está escrito nela. Movimentam-se pela sala, os participantes devem se tratar uns aos outros conforme o rótulo que virem na testa dos companheiros. Cada um deve tentar adivinhar que rótulo recebeu.

Depois de vinte minutos, o coordenador pede para cada um diga o rótulo que recebeu e porque sentiu isso. Deve-se conversar também sobre os efeitos que os rótulos provocaram nas pessoas, se gostam ou não de serem tratadas a partir de rótulos e comparar com o que acontece na vida real no cotidiano do grupo.

Sugestões de rótulos:
aprecie-me
ensine-me
tenha piedade de mim
aconselhe-me
respeite-me
ajude-me
rejeite-me
ignore-me
ria de mim
zombe de mim

Exercício pessoal de revisão de vida e de prática:

a) Recolha-se num lugar tranqüilo, onde você possa ficar em silêncio e confortável.

b) Retome a sua vida e procure refletir sobre ela a partir das seguintes questões:

Como vai a sua relação?

- consigo mesmo;
- com o grupo de jovens;
- no namoro;
- na família;
- com os(as) amigos(as);
- com os colegas de trabalho;
- com Deus.

c) Partilhar com seu grupo com os amigos como foi a experiência.


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.
Subsídio de Apoio da Escola de Educadores de Adolescentes e Jovens.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Floresta dos Sons


Descrição: Convidar os participantes a formarem duplas, sem se darem as mãos, colocando-se um, defronte o outro.
- Tirar par ou ímpar.
- Os que ganharem, levantam a mão.
- Cada dupla combina entre si um som qualquer que será emitido por aquele que ganhar, enquanto o outro, deverá fechar os olhos e não abrir em hipótese alguma.
- Quem ganhar emite sempre o mesmo som para guiar o companheiro cego, mergulhando no meio de todos os outros.
- Após três ou quatro minutos, inverter os papéis.
- Finalizar o exercício, recolhendo as reações dos participantes, através da verbalização.


Possibilidade de Aplicação:

- aprender a ouvir
- respeitar o corpo do outro
- desinibir
- aquecer
- confiar no outro
- trabalhar temas específicos identificar o outro, confiança, comunhão, sentidos, nova linguagem etc.


Fonte: “Augusto Boal, publicado no livro “Dinâmica de grupos na formação de lideranças” de Ana Maria Gonçalves e Susan Chiode Perpétuo, Ed. DP e A, 1998.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Atividades para os alunos descobrirem o que sentem

Atividades simples permitem aos alunos descobrirem o que sentem. As informações servem para conhecê-los melhor, o que ajuda na aprendizagem. Só não vale analisar psicologicamente o que eles dizem.


1. O que vejo e o que sinto

Objetivo: Provocar no aluno a reflexão sobre o estado de espírito dos outros por meio de hipóteses. Pensar sobre como alguém se sente é pressuposto para ações generosas.

Aplicação: Selecione em jornais e revistas, fotos de situações opostas - pessoas em um parque e em lixão, por exemplo. Prefira as que não mostrem o rosto. Peça para os alunos analisarem e descreverem o que estão vendo e pergunte como acham que essas pessoas estão se sentindo.


2. Jogo das cadeiras

Objetivo: Estimular o estudante a refletir sobre como agiria em situações diversas. Desafiá-lo a sustentar opiniões e expor o que pensa e sente, mesmo que isso seja constrangedor no começo. Desenvolver o auto-conhecimento (ao fazer isso, ele consegue estabelecer relações com os sentimentos dos outros).

Aplicação: Posicione quatro cadeiras em torno de uma mesa.
Prepare quatro envelopes, cada um com cinco frases, que podem ser sobre atitudes.

(Quando vejo uma briga eu...) ou sentimentos (Fico triste quando...)

Numere as cadeiras de um a quatro. Cada número corresponde a um envelope.
Quem discordar dele deve se levantar, completar a frase com a sua opinião e retornar à mesa somente ao concordar com alguma afirmação, numa próxima rodada.


Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola. Editora Mercado de Letras.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
Em cada lugar uma idéia


Objetivo: Avaliar e fortalecer os laços afetivos dentro do grupo.

Material necessário: Papel ofício, hidrocor, tesouras, cola, papel metro e pilot.

Descrição da dinâmica:

1. Grupo em círculo, sentado.

2. Dar a cada participante quatro folhas de papel ofício.

3. Solicitar que numa das folhas façam o contorno de uma das mãos e noutra, o de um dos pés. Desenhar nas demais folhas um coração e uma cabeça, respectivamente.

4. Escrever no pé desenhado o que o grupo proporcionou para o seu caminhar. Escrever dentro da mão desenhada o que possui para oferecer ao grupo. No coração, colocar o sentimento em relação ao grupo. Na cabeça, as idéias que surgiram na convivência com o grupo.

5. Formar quatro subgrupos. Cada subgrupo recolhe uma parte do corpo (pés/mãos/coração/cabeça), discute as idéias expostas, levantando os pontos comuns.

6. Fazer um painel por subgrupo, utilizando todos os desenhos da parte do corpo que lhe coube, evidenciando os pontos levantados anteriormente, de modo a representar:

* com os pés, a caminhada do grupo;
* com as mãos, o que o grupo oferece;
* com os corações, os sentimentos existentes no grupo;
* com as cabeças, as idéias surgidas a partir da convivência grupal.

7. Cada subgrupo apresenta seu painel.

8. Plenário - dizer para o grupo o que mais lhe chamou a atenção de tudo o que viu e ouviu.


Fonte: Projeto Crescer e Ser, publicado no livro “Aprendendo a ser e a conviver”, Margarida Serrão e Maria C. Baleeiro, ED. FTD, 1999.


Assunto: Dinâmicas Integração e Comunicação
A construção coletiva do rosto

a) Orientar os participantes para sentarem em círculo;

b) O assessor distribui para cada participante uma folha de papel sulfite e um giz de cera;

c) Em seguida orienta para desenhar o seguinte:

- uma sobrancelha somente;
- passar a folha de papel para as pessoas da direita e pegar a folha da esquerda;
- desenhar a outra sobrancelha na folha que este recebeu;
- passar novamente;
- desenhar um olho;
- passar novamente;
- desenhar outro olho;
- passar a direita e... completar todo o rosto com cada pessoa colocando uma parte (boca, nariz, queixo, orelhas, cabelos).

d) Quando terminar o rosto pedir à pessoa para contemplar o desenho;

e) Orientar para dar personalidade ao desenho final colocando nele seus traços pessoais;

f) Pedir ao grupo para dizer que sentimentos vieram em mente.


Equipe da Casa da Juventude Pe. Burnier,
CAJU, Goiânia, GO.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Meu presente / Meu futuro


Objetivo: Perceber que a construção do futuro depende das vivências e escolhas do presente.

Material: Papel ofício, lápis, lápis de cera e fita crepe.


Desenvolvimento:

1. Grupo espalhado pela sala, sentado.

2. Distribuir para os participantes, papel, lápis preto e de cera, solicitando que representem através de desenho, o momento que estão vivendo, compondo um retrato intitulado “Meu presente”. Tempo.

3. Quando todos tiverem terminado, distribuir nova folha de papel, pedindo que componham a representaçao do futuro que imaginam e gostariam para si. A este retrato devem chamar “Meu futuro”. Tempo.

4. Cada participante apresenta para o grupo seus desenhos, explicando seu significado.

5. Quando as apresentações terminarem, o facilitador pede que, de um em um, cada adolescente prenda seus desenhos na parede, mantendo entre o “presente” e o “futuro” uma distância que represente a separação que existe entre sua vida atual e o que almeja seguir.

6. Plenário - falar sobre a distância existente entre o presente e o futuro e sobre como pretende aproximar esses momentos, salientando que o projeto de vida é que faz a ponte entre esses dois tempos, possibilitando o enfrentamento das condições adversas.


Fonte: Margarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro, do livro “Aprendendo a ser e a conviver!, ED. FTD, 1999.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Gincana Cooperativa em defesa do meio ambiente


1. Atitude é fundamental

Dois elementos principais: a coletividade e a solidariedade. Uma gincana requer trabalho de equipe, de grupo. Por isso, é fundamental que todos se integrem e participem ativamente. Solidariedade pressupõe auxílio mútuo, cooperação, companheirismo, troca, irmandade.

2. Um espírito diferente

     Ter presente a idéia ou as idéias que irão direcionar o trabalho. Quando for organizado o conjunto das “tarefas” deixar bem claro quais são as atitudes que serão cultivadas. Ressignificar o pensamento que temos sobre gincanas como momentos de competição entre equipes, ganhadores e perdedores, pontuações, prêmios, vaias.

3. No lúdico as gerações em solidariedade

     O que está por trás de tudo isso é a ação coletiva e solidária de uma comunidade (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos) em torno de uma busca comum: a preservação da obra criada por Deus. Deste modo, preservar a dignidade humana e o planeta são tarefas inseparáveis e que devem ser trabalhadas conjuntamente. Precisamos “construir um Novo Ser e um Novo Mundo a partir de uma Nova Relação”. Por isso, existe a orientação para que seja uma gincana que envolva toda a comunidade, desde a formação das equipes participantes.

4. Agitação também é construção

     A “correria” precisa ser iniciada em benefício do planeta que começa em nossa própria casa e que se chama “nossa casa”. A correria solidária de quem sai do seu mundo e decide lutar coletivamente. Correria como sinônimo de trabalho muito ativo e não de algo desordenado. Para essa correria vamos nos organizar e desenvolver a consciência comunitária e desacomodada. Correria tem tudo a ver com adolescentes e jovens!

Pontuação de Tarefas

     Eliminar a lógica da competição é uma das idéias! A gincana pode ser montada com esta idéia/chave. Ex. de pontuação: as equipes recebem sementes que deverão ser plantadas ao final da gincana.

Exemplo de Tarefas

1. Montagem das equipes

2. Escolha do nome
Critério: algo ligado ao espírito do gincana (união, solidariedade, cooperação, respeito, fraternidade, amizade...) ou relacionado com a biodiversidade da região (nomes de rios, lagos, parques, animais...)
3. Entrevista com uma pessoa da comunidade (igreja, escola...) que tenha mais de 60 anos de idade, perguntando sobre qual a realidade de tudo o que envolvia a água em sua infância e juventude.

4. Elaboração e recitação de um poema relacionado ao meio ambiente.

5. Visita a uma companhia de tratamento de água (que faz a coleta, tratamento e distribuição) ou algum local onde se faça algum tipo de tratamento da água (ou o que mais se aproxime disso) e registrar quais são os passos deste processo.

6. Montagem de uma dramatização a partir de alguma música ou texto que fale sobre a temática.

7. Criação de um cartão (tipo postal) com algumas dicas de como usar e economizar água. Este material deverá ser confeccionado para distribuição na comunidade, nas escolas, nos estabelecimentos comerciais como forma de divulgar a urgência do cuidado com a água.

8. Organização de um projeto de preservação do meio ambiente que possa ser desenvolvido na escola, bairro, comunidade. No projeto deverá estar previsto como organizar a coleta e separação do lixo (tipos de lixos – seco, orgânico, metal, plásticos...), como fazer para evitar a erosão (plantio de árvores...), como fazer o tratamento da água para evitar doenças e outras formas criativas e adaptáveis à realidade e que possam contribuir para a qualidade de vida onde se vive.

9. Realização de uma visita, com a presença de todas as equipes, a algum manancial com o objetivo de conhecer e valorizar a água que se tem. Tipos de mananciais: naturais, fontes, córregos, rios, poços, estação de tratamento, fontes de captação.

     Na visita aos mananciais procurar responder às questões: de onde vem a água consumida na comunidade? Qual a situação destes mananciais? O que podemos aprender fazendo esta ação de visitar?

10. Pesquisar sobre alguma entidade da região que mantenha projeto ligados às questões ambientais (água, saneamento, saúde) procurando descobrir:

a) Quais os objetivos da entidade/do projeto?
b) Quem pode participar?
c) Quais os resultados das ações da entidade/do projeto na realidade?
d) Quais as dificuldades enfrentadas?
e) Como é trabalhado o papel do poder público nestas questões? Como é vista a legislação?
f) Qual o grau de envolvimento e participação de adolescentes e jovens nas ações desenvolvidas?
g) Outras questões que sejam importantes.


Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Dentro e fora do coração
(Dinâmica utilizada para refletir o tema “drogas”)


Primeiro momento

     Colocar cartaz com o desenho de um coração no centro da sala. Cada pessoa escreve, fora do coração, uma palavra que expresse o que vê e ouve das pessoas da comunidade a respeito do mundo das drogas e das vítimas da dependência.

Segundo momento

     Escreve dentro do coração uma palavra que expresse o que está sendo feito para mudar a problemática das drogas em nossa comunidade e na sociedade de modo geral.

Terceiro momento

     Pedir aos jovens que comparem o que está escrito dentro e fora do coração.

Quarto momento

     Nossa comunidade tem agido com misericórdia para com as vítimas das drogas?


Gilma Maria de Souza Neubaner, Ipatinga, MG.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Caminhos profissionais


      O caminho da escolha profissional tem, pelo menos, dois lados: o lado da pessoa (adolescente/jovem) que escolhe, e o lado da profissão (ou profissões) que serão escolhidas. Para que a escolha seja a mais acertada possível, é preciso “conversar” e conhecer estes dois lados da, talvez, decisão mais importante de nossas vidas. Primeiro é preciso conhecer-se, ou seja, saber das próprias habilidades, interesses e valores, possibilidades e limites. Depois, é preciso saber das características da outra parte: o que será que ela (a profissão) vai exigir e oferecer para mim?

O louco

     No pátio de um manicômio encontrei um jovem com rosto pálido, bonito e transtornado. Sentei-me junto a ele sobre a banqueta e lhe perguntei:

     - “Por que você está aqui?”

     Olhou-me com olhar atônito e me disse:

     - “É uma pergunta pouco oportuna a tua, mas vou respondê-la.

     Meu pai queria fazer de mim um retrato dele mesmo, e assim também meu tio. Minha mãe via em mim a imagem de seu ilustre genitor. Minha irmã me apontava o marido, marinheiro, como o modelo perfeito para ser seguido. Meu irmão pensava que eu devia ser idêntico a ele: um vitorioso atleta.

     E mesmo meus mestres, o doutor em filosofia, o maestro de música e o orador, eram bem convictos:
cada um queria que eu fosse o reflexo
de seu vulto em um espelho.
Por isso vim para cá.
Acho o ambiente mais sadio.
Aqui pelo menos posso ser eu mesmo”.
(Kahlil Gibran. Para além das palavras)
Fábrica
(Renato Russo)

Nosso dia vai chegar
Teremos nossa vez
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz
Não
é muito o que lhe peço
Eu quero trabalho honesto
Em vez de escravidão
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
E o que era verde aqui já não existe
Mas quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar
com fogo
Que venha o fogo então
Esse ar deixou minha vista cansada
Nada demais
Nada demais.


Descrição da dinâmica:

1. Escutar (se possível) e/ou ler a música “Fábrica”, de Renato Russo. Depois, conversar sobre as expectativas de cada um(a) em relação ao ingresso no mercado de trabalho. O que espero? Quais caminhos profissionais “eu espero trilhar?”

Observação: se alguma(s) pessoa(s) do grupo já trabalha(m), pode(m) contar a sua experiência de ingresso e realização no trabalho (como se sente, problemas, vitórias).

2. Cada participante fala sobre a profissão ou profissões que gostaria de ter. Depois, o grupo busca informações sobre as profissões citadas. Além disso, o grupo pode buscar mais informações sobre as “profissões do futuro”, citadas na entrevista (p. 12 e 13) da edição de agosto de 2003 do jornal Mundo Jovem.

Observação: este trabalho de busca de informações sobre as profissões (o que são os requisitos que exigem, localização, salário etc.) pode se prolongar por vários encontros, dependendo do grau de aprofundamento que os participantes quiserem ter sobre o tema.

3. A partir da leitura da crônica “O louco”, de Kahlil Gibran, conversar sobre a influência dos adultos, sobretudo, os pais, na sua escolha profissional. Em que ajuda? Em que atrapalha?

Observação: quem coordena o encontro pode preparar com antecedência uma encenação da crônica: “O louco”.

Artigo publicado na edição 339, agosto de 2003, página 14.
Equipe Mundo Jovem.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Oportunidades desiguais


Objetivo: refletir sobre a desigualdade de renda e a desigualdade de oportunidades na vida dos jovens.

Objetivo secundário: perceber quais são os elementos que compõem um bom currículo (apresentação, conteúdo, concisão etc.)

Descrição da dinâmica:

     Explicar que o objetivo da dinâmica é a elaboração e apresentação ao grupo do “Curriculum Vitae” de um jovem para o seu primeiro emprego. E para simular uma situação de contratação o grupo vai escolher ao final o currículo melhor apresentado.

     Dividir o grupo em três e conduzir cada subgrupo a um lugar diferente, onde poderão elaborar o currículo. Sem que os grupos saibam, preparar cada ambiente de forma desigual:

Grupo 1 - ambiente com bastante material: jornais, revistas, tesoura, lápis (diversas cores), giz de cera, borracha, réguas, cola, cartolinas coloridas, fitas, roupas elegantes, roteiro completo explicando o que se precisa para fazer um bom currículo (vide Anexo 1 ou pode-se fazer uma pesquisa). Pode-se também deixar um gravador ou toca-CD à disposição do grupo para se usar música ou efeitos sonoros na apresentação e o que mais se possa inventar.

Grupo 2 - ambiente mais simples com menos material: tesoura, jornais, cartolina branca, cola, dois canetões com cores diferentes e uma folha com apenas o essencial para se elaborar um currículo (vide Anexo 2 ou pode-se inventar).

Grupo 3 - ambiente com poucos recursos: papel pardo, fita adesiva e um canetão preto. Caso o grupo tenha dúvidas, as orientações devem ser passadas oralmente e muito rápido.

     Pode-se deixar de 15 a 20 minutos para a preparação do currículo. Uma maneira de incrementar a dinâmica é chamar primeiro o Grupo 3 para a sala e quando este chegar, chamar o Grupo 2 e só depois que este chegar, chamar o Grupo 1 (que, além de tudo, terá mais tempo para preparação). Caso os membros dos outros grupos questionem, inventar uma desculpa como: “Eles já estão terminando” etc.).

Obs.: é importante que os grupos não tenham contato e só venham a descobrir a desigualdade (de tempo e de material) no momento da apresentação.

     A ordem de apresentação poderá ser: Grupo 1, Grupo 2 e por último o Grupo 3 (que chegou primeiro na sala!). No momento da apresentação, o(a) coordenador(a) pode mostrar-se mais interessado dando mais tempo e fazendo perguntas para o primeiro grupo, um pouco menos para o segundo e menos ainda para o terceiro.

     Perceber a reação dos jovens e ir conduzindo as “entrevistas” até que todos se apresentem.

Questões:

- O que percebemos na dinâmica? Na vida real, quais são as diferenças existentes entre os jovens de diferentes classes sociais?

- Que Políticas Públicas seriam necessárias para diminuir essas diferenças? Como o nosso grupo pode contribuir?

- O que aconteceria se todos os jovens de nossa cidade tivessem um currículo excelente? Haveria emprego para todos?

     Muitos jovens acham que todos os problemas estão resolvidos se tivermos um bom currículo e formos “competitivos no mercado”. Será que basta? Que resposta podemos dar como cristãos?
Anexo 1

Como elaborar seu currículo

     O currículo mostra o tipo de profissional que você é. Por isso deve ter informações precisas e coerentes para que o selecionador não se perca no meio da leitura!

     Como um selecionador experiente não demora mais do que 30 segundos para identificar os pontos fortes e os pontos fracos de um currículo, é bom prestar muita atenção na redação, organização, apresentação e objetivos para não cometer nenhum deslize.

Estrutura
1. Dados Pessoais (nome, idade ou data de nascimento, endereço, estado civil, telefone, e-mail...);
2. Áreas de Interesse (funções que pretende);
3. Formação Escolar (onde cursou o 2º e o 3º grau);
4. Conhecimento de Idiomas (o que conhece de cada idioma – leitura, redação, conversação);
5. Conhecimento de Informática (quais softwares conhece e o nível de conhecimento – básico, intermediário ou avançado);
6. Cursos Extracurriculares (quais cursos participou, início e término);
7. Experiências Profissionais (se teve, onde trabalhou, período e funções que exerceu);
8. Projetos Sociais (descrição breve se participa de iniciativas comunitárias e atividades que desenvolve).

Anexo 2

Estrutura de um Currículo

1. Dados Pessoais
2. Objetivo/ Áreas de Interesse
3. Formação Escolar
4. Conhecimento de Idiomas
5. Conhecimento de Informática
6. Cursos Extracurriculares
7. Experiências Profissionais
8. Projetos Sociais


Ana Claudia Brito de Moura, assessora da Pastoral da Juventude.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Júri Simulado - Neoliberalismo

As crises que vêm sacudindo a América Latina desde o final da década de 1990 são decorrentes da adoção irrestrita do Neoliberalismo. Há crises nas exportações, na competitividade do mercado, e o retrato maior está no nível de miserabilidade dos povos.

     Neoliberalismo, em sentido mais amplo, é a retomada dos valores e ideais do liberalismo político e econômico que nasceu do pensamento Iluminista e dos avanços econômicos decorrentes da Revolução Industrial. Claro que há uma adequação necessária à realidade política, social e econômica de cada nação em que se manifesta.

     A expressão Neoliberalismo passou amplamente a ser utilizada após a dissolução da União Soviética. Os dois primeiros grandes países em que se manifestaram as culturas neoliberais foram o Reino Unido e os Estados Unidos. No primeiro, durante o governo da primeira-ministra Margaret Thatcher (1979 – 1990) e nos EUA com o presidente Ronald Reagan (1981- 1988). Sendo depois adotada em vários países pelo mundo.

O projeto neoliberal

O Neoliberalismo propõe:

- Redução da participação do Estado nas economias;
- Liberdade nas taxas de câmbio e de juros;
- Redução dos direitos trabalhistas;
- Liberdade de ação ao capital estrangeiro (transnacionais), dentre outros.

     Estas medidas facilitam os fluxos de capitais e mercadorias, importantes à Globalização, e aumentam a concentração e a centralização de capitais, formando corporações cada vez maiores e mais poderosas. Este fenômeno percebemos claramente quando olhamos o tamanho gigantesco que as transnacionais vêm atingindo, enfraquecendo, sobretudo, o poder estatal, especialmente nos países subdesenvolvidos.

     O discurso neoliberal prega a redução do papel do Estado em decorrência do seu aumento durante a fase Keynesiana (1945-1973). O Keynesianismo foi criado por Lord Keynes e propunha o desenvolvimento capitalista aliado a políticas de bem-estar social. A partir do final dos anos 70 e com a crise do Welfare State (Estado de bem-estar social surgido após a Segundo Guerra nos EUA e Europa), a cultura neoliberal passou a ditar as regras aos principais países capitalistas, implementando a privatização acelerada, enxugamento do Estado, políticas fiscais e monetárias, sintonizadas, acima de tudo, com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

     No Brasil, o Neoliberalismo iniciou com Fernando Collor (1991-1992). Na versão brasileira, o Neoliberalismo defende a limitação da participação do Estado na atividade econômica, identificando-se como “Estado menor” e mais eficiente, onde a ofensiva neoliberal vem promovendo a liquidação dos direitos sociais, a privatização do Estado, o sucateamento dos serviços públicos e a sistemática implementação de uma política macroeconômica lesiva à massa da população.

     O Neoliberalismo é responsável, hoje, pelo declínio econômico das classes sociais brasileiras. Em 1973, época em que o Brasil colhia os frutos da industrialização e vivia a euforia do milagre econômico, os brasileiros conseguiram subir um degrau na escala social. De 1973 para cá, a crise econômica interrompeu o progresso e a prosperidade destas famílias, agravando-se cada dia mais em decorrência da implementação da cultura neoliberal. A atual geração tem dificuldade de progredir economicamente e as disparidades sociais são enormes, que fazem do Brasil um país campeão da desigualdade social.

     Mas, diante de situações tão adversas, é necessário manter um projeto ético-político, não permitindo que o Neoliberalismo se instaure como forma de exclusão social. Há maneiras de resistir. Afinal, o último reduto a ser conquistado é a nossa própria consciência. Ninguém destrói o pensamento crítico.

Júri simulado

Objetivo: Debater o tema, levando os participantes a tomar um posicionamento; exercitar a expressão e o raciocínio; amadurecer o senso crítico.

Participantes:

Juiz: dirige e coordena as intervenções e o andamento do júri.

Jurados: ouvirão todo o processo e no final das exposições, declaram o vencedor, estabelecendo a pena ou indenização a se cumprir.

Advogados de defesa: defendem o “réu” (ou assunto) e respondem às acusações feitas pelos promotores.

Promotores (advogados de acusação): devem acusar o “réu” (ou assunto), a fim de condená-lo.

Testemunhas: falam a favor ou contra o acusado, pondo em evidência as contradições e argumentando junto com os promotores ou advogados de defesa.

Descrição da dinâmica:

1. Divide-se os participantes, ficando em números iguais os dois grupos - todos os participantes (exceto o juiz e os jurados) podem ser testemunhas.

2. Os promotores devem acusar o Neoliberalismo, a partir da realidade concreta da comunidade/bairro - município. Definir o Neoliberalismo como causa do desemprego, da fome, da violência e da miséria em que vive a maioria da população.

3. Os advogados defendem o Neoliberalismo. Defini-lo como sistema que respeita a liberdade individual, que promove a livre iniciativa e que desperta a criatividade e o espírito de competição em favor do bem de todos.

4. As testemunhas devem colaborar nas discussões, havendo um revezamento entre a acusação e a defesa, sendo que os advogados podem interrogar a testemunha “adversária”.

5. Terminado o tempo das discussões e argumentações dos dois lados, os jurados devem decidir sobre a sentença. Cada jurado deve argumentar, justificando sua decisão.

6. Avaliação e comentários de todos sobre o assunto discutido.
*Obs.: é importante fixar bem o tema, bem como os fatos que serão matéria do julgamento. Para isso poderá haver uma combinação anterior com todas as partes, preparando com antecedência, os argumentos a serem apresentados.

Giélia Silva Macedo,
Assistente Social e professora de Sociologia no Colégio Modelo, Itapetinga-BA.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Líder ou lideranças? A Candidatura

O grupo de jovens é um espaço de exercício da cidadania. A construção de uma sociedade mais participativa e solidária passa por uma nova relação nas tarefas desenvolvidas pelo grupo. Com criatividade e o uso de dinâmicas adequadas, o grupo vai crescer em cidadania.

     Todo grupo deve favorecer a participação individual e o sentido de corresponsabilidade entre os participantes. Todos têm possibilidades de servir em alguma coisa, de oferecer diferentes dons.

     Quando o grupo assume conjuntamente os trabalhos, existe maior participação. As diferentes lideranças ou funções são um compromisso para o funcionamento do conjunto. O que cada um faz individualmente pode parecer objetivamente pouco, mas subjetivamente pode significar o início de um processo de descoberta de si mesmo, de sentir-se útil, de aproveitar suas próprias qualidades. Significa libertar-se do medo, do complexo de inferioridade, do anonimato passivo, do sentimento de inutilidade e da dominação por parte de alguém.

     São muitas as funções que se exercem em um trabalho de grupo, dependendo da atividade proposta, se é de estudo, integração, avaliação etc... Algumas são básicas para todos os grupos e atividades:

O coordenador(a): aquele que se responsabiliza de modo geral pela reunião, ajudando para que todos os papéis se integrem para o bem de todos.

O secretário(a): aquele que faz a síntese do que foi tratado de mais importante no grupo e registra as questões que permanecem.

O perguntador(a): é a pessoa que se preocupa com o aprofundamento do tema.
O grupo, ao planejar determinada atividade, define quais são as responsabilidades. Os participantes podem se oferecer livremente ou serem indicados pelo grupo.

     As dinâmicas que seguem se utilizam ao iniciar um encontro ou reunião com pessoas que não se conhecem ou que tenham um conhecimento superficial.

     Ajudam a romper barreiras e criar um clima de amizade entre os participantes, possibilitando conhecer cada um do grupo e seus valores. Ajudam a descobrir as lideranças.

A candidatura

Objetivo: expressar de maneira simpática o valor que têm as pessoas que trabalham conosco.


Descrição da dinâmica:

     Cada grupo deve escolher um candidato para determinada missão. Por exemplo, ser presidente da associação de moradores, ser dirigente de um clube esportivo etc. Cada participante coloca no papel as virtudes que vê naquela pessoa indicada para o cargo e como deveria fazer a propaganda de sua candidatura.

     O grupo coloca em comum o que cada um escreveu sobre o candidato e faz uma síntese de suas virtudes. Prepara a campanha eleitoral e, dependendo do tempo disponível, faz uma experiência da campanha prevista.

     O grupo avalia a dinâmica, o candidato diz como se sentiu. O grupo explica por que atribuiu determinadas virtudes e como se sentiram na campanha eleitoral.

Obs.: a dinâmica foi tirada do subsídio “Dinâmicas em Fichas” - Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) –
São Paulo.
Questões para Debate

1 - O que você conclui, a partir da leitura do texto?
2 - Como é exercida a liderança no seu grupo? Há corresponsabilidade e divisão de tarefas?
3 - O que o grupo pode fazer para despertar as lideranças?

Equipe do IPJ (Instituto de Pastoral de Juventude),
Porto Alegre, RS.
Artigo publicado na edição 277, abril de 1997, página 14.


Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Processos de Trabalho

Finalidade: Discutir formas de organização do processo de trabalho; discutir as diferenças entre os dois tipos, ritmo, produto, final, envolvimento individual.

Características: Espírito de equipe/agilidade/habilidade manual/concentração.

Material necessário: Massinha de modelar ou argila, ordens de serviço e caixas para recolher peças.

Descrição da dinâmica:

     Dois grupos de igual número que irão trabalhar paralelamente. Um monitor para cada grupo.

1º Grupo: Ficam parados em fila indiana como numa linha de montagem, cada um recebe sua massinha de modelar com um cartão contendo uma ordem de serviço; confecção de pés, pernas, tronco, braços, mãos, cabeça.

Um desconhece a ordem do outro e, portanto, não sabe o que se formará ao final: a produção de um boneco.

O monitor cobra pressa. Ao término das peças, o monitor passa puxando uma caixa onde as pessoas seqüencialmente vão montando o “produto final”.

2º Grupo: Sentados em roda. O monitor ordena a montagem de um boneco com a participação de todos. Ele cobra e estimula o andamento até que o grupo conclua junto o seu trabalho.

Após terminado o trabalho dos grupos, o(a) professor(a) coordena um debate comparando o processo desenvolvido por cada grupo. Depois, a turma pode relacionar esta dinâmica com a participação de todos nas atividades propostas em sala de aula. Como é o “produto final” da construção que fazemos em nossa escola?

Gilma Maria de Souza Neubaner, Ipatinga, MG.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Os jovens frente aos desafios do mundo do trabalho

O que vou ser quando crescer? Essa é uma pergunta que nos acompanha durante toda a infância e adolescência. São muito diversos os nossos sonhos: jogador de futebol, cantor, professor, contador, cabeleireiro, cientista, atriz ou ator de TV, médico, advogado...

Objetivo: Discutir o papel da educação dos jovens frente aos desafios do mundo do trabalho.

Aplicação da dinâmica:

a) Procure lembrar um pouco da sua infância. Quais era os seus sonhos? Que profissão você gostaria de ter? Por quê?

b) Esse sonho mudou com o passar dos anos? Que sonho você tem hoje, vivendo a juventude? Que futuro profissional você sonha ter?

Agora vamos fazer um debate:

1. Sentar em círculo. Cada um da turma deve expor para o grupo as suas próprias experiências em relação ao trabalho e à educação. Fale sobre você e tente expor para os colegas as suas experiências e pontos de vista sobre as seguintes questões:

a) Quais são as suas experiências educacionais dentro e fora da escola?

b) Que tipo de estudo e de qualificação profissional pode ajudá-lo a crescer no mundo do trabalho? Por quê?

2. - Depois da realização do debate escreva uma frase que expresse o que você está sentindo e pensando após ter ouvido os colegas e falado sobre as suas próprias experiências em relação ao trabalho e à educação.

3. - Montar um painel com as frases de todos.

4. - Escolher, juntamente com o grupo, um título interessante para o painel.

Fonte: Pro Jovem - Guia de Estudo - Unidade 2.


Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Invertendo os papéis

Objetivo: Refletir sobre os papéis sexuais e os estereótipos vigantes em nossa cultura; possibilitar o questionamento dos privilégios entre os sexos, percebendo as diferenças culturais existentes.

Material: Papel ofício e lápis.

Desenvolvimento da dinâmica:

1. Dividir o grupo em cinco subgrupos.

2. Dar um tema para cada subgrupo, pedindo que discutam os papéis, as diferenças e os privilégios relativos aos sexos, de acordo com o tema recebido:

* relação marido-mulher;
* educação de filhos(as);
* trabalho;
* namoro;
* relacionamento sexual.

Tempo para discussão, pedindo que anotem os pontos principais levantados pela equipe.

3. Solicitar que cada subgrupo crie uma cena que expresse a conclusão a que chegou. Pedir que, na cena, os rapazes façam o papel feminino e as moças, o masculino.

4. Apresentação de cada subgrupo.

5. Plenário - compartilhar os sentimentos e as observações:

* Como se sentiu incorporando o papel do sexo oposto?
* Qual a diferença existente entre o que você representou e o que você faria nessa situação na realidade?
* Quais as diferenças que são inerentes ao gênero e quais as que decorrem da cultura?

Fonte: Projeto Crescer e Ser, publicado no livro “Aprendendo a ser e a conviver”, Margarida Serrão e Maria C. Baleeiro, ED. FTD, 1999.

Assunto: Dinâmicas Formação para a Cidadania
Problemas e soluções

Objetivo: Motivar a análise e a discussão de temas problemáticos; buscar estabelecer o consenso.

Número de participantes: No máximo 20.

Material: Lousa ou papelógrafo; giz ou pincel atômico e apagador; recorte de notícias, se for um fato jornalístico.

Desenvolvimento:

* Um membro do grupo relata um problema (verdadeiro ou fictíco), um caso, um fato jornalístico, ou determina situação que necessite uma solução ou aprofundamento.
* Havendo mais de um caso, o grupo escolhe um para o debate; todos são convidados a dar sua opinião sobre a questão e as idéias principais são anotadas no quadro ou no papelógrafo.
* A idéia mais comum ou consensual a todos os participantes é então destacada e melhor discutida, ampliando a visão do fato, como uma das possíveis soluções ou aprofundamento do problema.

Avaliação:

* Após o consenso, faz-se uma pequena avaliação do exercício; em que ele pode nos ajudar como pessoas e como grupo?
* Pontos de destaque
* Outras aplicações para este exercício.

Fonte: Subsídio - Somos Chamados da Pastoral da Juventude do Brasil.
PASSEIO DE BICICLETA
Em princípio, eu via Deus como um observador, um juiz que não perdia de vista as coisas erradas que eu fazia. Desse modo, quando eu morresse, Ele saberia se eu merecia ir para o Céu ou para o Inferno. Ele estava sempre lá, como um presidente. Eu reconhecia a imagem d'Ele quando a via, mas não o conhecia de verdade. Mas, mais tarde, quando eu O conheci melhor, pareceu que a vida era como um passeio de bicicleta para duas pessoas e percebi que Deus estava no banco de trás, me ajudando a pedalar. Não me lembro quando Ele sugeriu-me que trocássemos de lugar, e a vida não foi a mesma deste então..... 
A vida com o Seu poder superior tinha se tornado muito mais excitante!!!
Quando eu detinha o controle, sabia o caminho. Era um tanto entediante, mas previsível - sempre a distância mais curta entre dois pontos. Mas quando Deus assumiu a liderança (Ele conhecia atalhos maravilhosos) passei a subir montanhas e atravessar terrenos pedregosos em velocidade vertiginosa! Tudo que eu podia fazer era seguir em frente! Embora tudo aquilo parecesse loucura Ele ficava dizendo: "Pedale, pedale!!!" Eu ficava preocupado e ansioso, e perguntava: "Para onde o Senhor está me levando?" Deus apenas ria e não me dava uma resposta e eu me vi começando a confiar Nele. Logo me esqueci da minha vida entediante e comecei a participar da aventura. Quando dizia que estava assustado, Ele virava-se para trás e tocava minha mão. Deus levou-me até pessoas com dons de que eu precisava; dons da aceitação e da alegria, dentre outros. Essas pessoas deram-me ajuda a prosseguir na minha jornada. Isto é, nossa jornada, de Deus e minha.
E nós partimos novamente. Então Ele me disse: "Desfaça-se dos dons, são bagagem extra, pesam demais! "Então eu os dei para as pessoas que encontramos e descobri que quanto mais eu os dava, mais eu recebia! E, além disso, o meu fardo ficava mais leve!
A princípio, eu não confiei muito em Deus quando Ele assumiu o controle da minha vida. Achei que Ele a destruiria. Mas o Senhor conhecia os "segredos" da bicicleta, sabia como incliná-la para fazer curvas fechadas, pular para evitar lugares cheios de pedras, aumentar a velocidade para encurtar os caminhos difíceis.
Também estou aprendendo a calar-me e pedalar nos lugares mais complicados e aprendi a apreciar a paisagem e a brisa fresca em meu rosto com o meu ótimo e constante companheiro, Deus.
E quando estou certo de que não posso mais seguir em frente, Ele apenas sorri e diz:” - Pedale..."


OI JESUS, EU SOU O ZÉ!
Todos os dias, ao meio-dia, um pobre velho entrava na igreja e poucos minutos depois saia. Um dia o sacristão lhe perguntou o que fazia, pois havia objetos de valor na igreja.
- Venho rezar, respondeu o velho.
Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa!
Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas, mas todos os dias, ao meio-dia, eu entro na igreja e só falo;
OI JESUS, EU SOU O ZÉ, VIM TE VISITAR!
Num minuto já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.
Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital e na enfermaria, passou a exercer uma influência sobre todos. Os doentes mais tristes se tornaram alegres, muitas risadas passaram a ser ouvidas.
- Zé, disse-lhe a irmã, os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre.
- É irmã, estou sempre alegre, é por causa da visita que recebo todos os dias, me faz feliz!
A irmã ficou atônica. Já havia notado a cadeira vazia encostada na cama do Zé.
O Zé era um velho solitário, sem ninguém. Que visita? Que hora?
Todos os dias, respondeu o Zé com um brilho nos olhos, todos os dias, ele vem sentar ao pé da cama, quando olho para ele, ele sorri e diz;
OI ZÉ, EU SOU JESUS, VIM TE VISITAR!



UM HERÓI DIFERENTE

Foi num dezembro frio e de muita neve. Aliás, neve perfeita para andar de trenó. Por isso, mãe e filha se dirigiram morro acima.
O morro estava cheio de gente. A Sra. Silvermann e a filha de onze anos acharam um espaço perto de um homem alto e magro e de seu filho de 3 anos.
O garoto já estava deitado de barriga para baixo, esperando para ser empurrado.
- Vamos lá, papai! Vamos lá!
O homem deu um forte empurrão no trenó e lá se foi o menino. Mas não foi apenas o garoto que voou - o pai saiu correndo atrás dele a toda velocidade.
- Ele deve estar com medo que seu filho se choque contra alguém - pensou a jornalista.
E ela mesma com a filha desceu o morro, em grande velocidade, a neve solta voando nos seus rostos.
O retorno até o alto do morro era uma longa caminhada. Enquanto ambas subiam com vagar, puxando o trenó, a Sra. Silvermann observou que o homem magro estava empurrando seu filho, que ainda se encontrava no trenó, de volta ao topo.
- Isso é que é um paizão - falou a menina. Será que você, mamãe, faria o mesmo por mim.
- Nem pensar, foi a resposta. Continue andando.
Quando elas chegaram ao topo do morro, o garotinho já estava pronto para brincar novamente e gritava feliz:
- Vai, vai, vai, papai!
Outra vez o pai reuniu todas as suas energias para dar um grande empurrão no trenó, correu atrás dele morro abaixo e então puxou o trenó e o menino de volta para cima.
Assim foi por mais de uma hora. A Sra. Silvermann estava intrigada. Não era possível que aquele homem achasse que seu filho fosse bater em alguém. Mesmo sendo pequeno, ao menos na subida ele poderia puxar o trenó uma vez. Mas o homem parecia não se cansar. Ria, jovial e continuava no seu afazer.
Ela então lhe disse:
- Você tem uma tremenda energia, hein?
O homem olhou para ela e sorriu, apontando para o filho.
- Ele tem paralisia cerebral, disse de forma natural. Ele não pode andar.
A jornalista entendeu, naquele momento, porque somente então se deu conta que não havia visto o menino descer do trenó durante todo o tempo que estiveram no morro. Entretanto, tudo parecia tão alegre, tão normal, que a ela não ocorrera, por um minuto sequer, que o menino poderia ser deficiente.
Ainda que não soubesse o nome do homem, ela contou a história em sua coluna no jornal na semana seguinte. Pouco tempo depois, ela recebeu uma carta que dizia assim:
"Cara Sra. Silverman, a energia que gastei, no morro, naquele dia, não é nada comparada ao que o meu filho faz todos os dias. Para mim, ele é um verdadeiro herói e algum dia espero ser metade do homem que ele já se tornou."
E a sua energia como anda? ta difícil fazer aquela caminhada...
Não desista assim tão facilmente, você vai se sentir muito melhor mais alegre e feliz...





ONDE ESTA SEU IRMÃO?

Encontrei um menor na rua, sem camisa, costas nuas, sem sapatos, pés no chão sujos como a mente de tanta gente que se conforma com a situação:

"_ Menino, onde está seu irmão?"

Encontrei um velho maltrapilho, sem bengala, sem o filho, sem amparo no mundo cão, perguntei-lhe de repente por que tanta gente se conforma com a situação:

"_Velho onde está seu irmão?"

Encontrei uma mãe solteira encaminhando-se para uma fileira que terminava na prostituição acomodados na triste sina conformavam-se com a situação:

"_Mãe solteira, onde está seu irmão?"

Encontrei um migrante e um patrício, chegados a pouco numa procura que não há quem não canse. Encontrei um louco, sem hospital, sem hospício.
Todos sem chance, um aleijado com ofício, e um cego vendo com a mão. Perguntei sem conformar com a situação:

"_Ei, onde estão seus irmãos???"

Encontrei um sem teto E filho sem colchão, mãe sem afeto e mesa sem pão...:

"_Ei, onde estão seus irmãos???"

Encontrei um ex-prisioneiro marcado pelo erro que cometeu.
Encontrei um macumbeiro fazendo despacho para ateu.
Encontrei um excepcional sem centro de recuperação.
Encontrei um homem de quarenta vetado na profissão:

"_Ei, onde estão seus irmãos???"

Irmãos??? Ou pelo menos um irmão, cadê o próximo? Cadê o cristão?
Procurei e fiquei vermelho com o susto que me ocorreu...
Pois ao ver-me o espelho vi que o irmão era EU..!!!


O HOMEM MAIS RICO

Um rico fazendeiro chamado Carl freqüentemente cavalgava em torno de sua vasta propriedade, congratulando a si mesmo por sua grande riqueza.

Um dia, em uma destas cavalgadas, viu Hans, um velho arrendatário. Hans estava sentado sob uma árvore quando Carl passou. À inquisição de Carl, Hans respondeu,

- Estou apenas agradecendo à Deus por meu alimento.

Carl protestou,

- Se isto fosse tudo o que eu tivesse para comer, eu não me sentiria tão grato.

Hans respondeu,

- Deus me deu tudo o que necessito, e sou grato por isso.

O velho e pobre fazendeiro ainda acrescentou,

- É estranho você passar por mim exatamente hoje, porque eu tive um sonho na noite passada. Em meu sonho uma voz me disse que o homem mais rico do vale morrerá hoje à noite. Eu não sei bem o que significa, mas acho que eu tinha que lhe contar.

Carl gritou,

- Sonhos são absurdos!

E num galope enfurecido, se afastou. Mas não conseguia esquecer-se das palavras de Hans: "o homem mais rico do vale morrerá hoje à noite".

Era, obviamente, o homem mais rico do vale, assim convocou seu médico até sua casa. Carl contou ao médico o que ouvira de Hans. Após um exame completo, o médico disse ao rico fazendeiro,

- Carl, você está tão forte e saudável quanto um jovem cavalo. Não há como você morrer esta noite.

Por garantia, o médico ficou com Carl, e jogaram cartas durante a noite. Na manhã seguinte o médico se foi após Carl desculpar-se por lhe dar tanto trabalho apenas baseado em um sonho de um velho.

Por volta das nove horas da manhã, um mensageiro chegou à porta de Carl.
- O que quer? Carl perguntou.

O mensageiro explicou,

- É para trazer-lhe notícias sobre o velho Hans.

Ele morreu durante o sono nesta última noite.


                                                       O HOMEM SEGUIR

Inclinado sobre a terra viu o Senhor que os vizinhos de uma aldeia iam em fila como apressadas formiguinhas até o Templo. Desceu e foi colocar-se à frente de todos e falou:

- Parados! Nem todos me encontrareis aonde vais buscar-me.

- Senhor! Exclamou um aldeão. - Não entendo isso. Vamos à Tua casa.

- Não entendes, porque teus pobres não podem explicar; mas sofrem por causa da fome e sede, e junto a eles te aguardo.

- Também o dizes por mim? Perguntou uma mulher.

- Também por ti, que cada hora inventas um pretexto para abandonar o teu pequenino filho. É nele que me encontrarás.

- Verdade é. - Observou um homem: - Melhor seria em não privá-lo da ternura maternal.

- E melhor farias tu. - Disse o Senhor: - Se aprendesses a amar-me mostrando gratidão para com os teus pais velhinhos.

Ao escutá-lo, muitas daquelas formiguinhas se voltaram, decididos a cumprir seu dever e falaram ao Senhor, em sua própria casa e sentiram repletos de doçura o coração.

A inteligência superior é o Deus maior que habita dentro de nós.
Nossa consciência,  um guia ao qual não conseguimos enganar, é a nossa dura realidade que só nos conhecemos...



O PREGO

Uma nova igreja fora construída e as pessoas vinham de todas as
partes para admirá-la. Passavam horas admirando a beleza da obra!

Lá em cima, no madeiramento do telhado, um pequeno prego à tudo assistia. E ouvia as pessoas elogiando todas as partes da encantadora estrutura - exceto o prego!

Sequer sabiam que estava lá, e ele ficou irritado e com ciúmes.

- Se sou tão insignificante, ninguém sentirá minha falta!

Então o prego desistiu de sua vida, deixou de fazer pressão e foi deslizando até cair ao chão.

Naquela noite choveu e choveu muito. Logo, onde faltava um prego, o telhado começou a ceder, separando as telhas. A água escorreu pelas paredes e bonitos murais. O gesso começou a cair, o tapete estava manchado e a bíblia estava arruinada pela água.

Tudo isto porque um pequeno prego desistira de seu trabalho!

E o prego?
Ao segurar o madeiramento do telhado, era obscuro mas era útil.
Agora, enterrado na lama, não só continuara obscuro, como também se tornara um completo inútil e acabou comido pela ferrugem!

3 comentários:

  1. Excelentes atividades. Apreciei e utilizarei algumas em meus trabalhos de orientação profissional e com uma equipe de liderança. Agradeço por tê-las disponibilizado. Sucesso em sua atuação é o que lhe desejo.

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  2. Excelentes atividades. Apreciei e utilizarei algumas em meus trabalhos de orientação profissional e com uma equipe de liderança. Agradeço por tê-las disponibilizado. Sucesso em sua atuação é o que lhe desejo.

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  3. Olá excelente atividades... gostaria de mais ainda..ainda que possível me enviar no meu e-mail...
    Estou trabalhando como cordenadora no serviço de convivência e fortalecimento de vínculos preciso da ajuda de vcs

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